domingo, 31 de outubro de 2010

Silencio vazio.....ou não

O fim de semana foi de tormenta mas inexplicavelmente ficou um silencio vazio....ou talvez.
Os silêncios mudos são duros e incompreensivelmente podem ser originar a catarse da racionalização de posturas e atitudes perante expectativas não concretizadas.
Os acontecimentos podem ser promovidos ou vividos mas não devem ser deixados despercebidos ou mal analisados.
Há por vezes dificuldade em desenvolver uma capacidade analítica com temperança quando a proximidade temporal a esses acontecimentos é demasiada. Por isso, quando o barco esta no meio de uma tempestade arreias as velas e procura desenvolver trajectórias para não afundar, apesar de meter sempre alguma água. Só depois de passada a tormenta, iça as velas, retira a água e repara o que tiver de reparar. Há neste processo um consumo de energia que deve ser doseado para não faltar para segurar o leme e leva-lo a bom porto. As vezes umas simples palavras, entre a tripulação, poderão ser desperdício de energia.....ou talvez não.

Poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen

Se todo o ser ao vento abandonamos

E sem medo nem dó nos destruímos,

Se morremos em tudo o que sentimos

E podemos cantar, é porque estamos

Nus em sangue, embalando a própria dor

Em frente às madrugadas do amor.

Quando a manhã brilhar refloriremos

E a alma possuirá esse esplendor

Prometido nas formas que perdemos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Coitado do vírus

A "silly season" vai adiantada e faltam as noticias. Apenas existe espaço para explorar até à exaustão o pseudo-fenómeno Gripe-A ou gripe suína. O insucesso do vírus está a deixar preocupações. E o pânico que se pretendia instalado, não aconteceu. Os portugueses estão de férias e não ligam. Coitado do vírus que não tem apoio nem alimento para se procriar! O país devia estar mais motivado e mobilizado para receber o vírus e acolhê-lo com fraternidade, alimentá-lo e passeá-lo de norte a sul. Mas não! Os portugueses querem é futebol, cerveja e praia e votaram ao mais ignóbil desprezo e abandono o vírus e sua família Gripe-A. Apesar dos esforços políticos, económicos, sociais e até dos media, ninguém liga importância ao viruzito cujo sucesso social está desde já condenado.
Realmente não condições .....nem para o vírus!